Foto: Reprodução/Facebook
Sepultura está fazendo a sua turnê de despedida, mas até o momento, o vocalista Derrick Green não tinha dado muitas declarações sobre o que ele pensa sobre este final que muitos fãs consideram precoce.
O músico norte americano está na banda desde 1998, gravou álbuns importantes e vivenciou toda a fase de transição até a retomada do sucesso com os dois últimos trabalhos, “Machine Messiah” e “Quadra”.
Ele decidiu finalmente falar sobre o tema. Respondendo a uma pergunta de fã no programa 389 da Metal Hammer, o vocalista de 53 anos acredita que esse é o melhor momento para encerrar a trajetória da banda.
Derrick disse:
“Você passa normalmente por aquele ciclo de criar um álbum, divulgá-lo, sair em turnê, e isso pode ficar repetitivo. Agora estamos fazendo coisas que nunca fizemos antes. Eu era um grande fã do Refused e quando eles lançaram seu último álbum, ‘The Shape of Punk to Come’, de 1998, tive muito respeito por pararem depois daquele álbum épico. Para nós, é emocionante saber que vamos tocar nos lugares pela última vez.”
Segundo Green, os ciclos de uma banda tendem a se repetir. Na opinião dele, que é muito parecida com a do guitarrista Andreas Kisser, é melhor encerrar no auge do que correr riscos desnecessários. Andreas completou o que Derrick disse quando recebeu um elogio sobre o último disco da banda:
“Você respondeu tudo. ‘Quadra’ é um álbum incrível e por que esperar que algo fora do nosso controle aconteça para acabar com a banda? Minha experiência pessoal com minha esposa que morreu de câncer há dois anos também deu à vida um significado diferente para mim. Fechamos ciclos da nossa vida todos os dias e é um privilégio fazer isso de forma consciente. Estando em uma banda você sente muitas pressões, e às vezes, isso não faz sentido artisticamente falando. Não queremos ser escravos dos nossos avatares.”
Parece que a banda tem reconsiderado a ideia de não lançar mais músicas inéditas. Para Kisser, a entrada do jovem baterista Greyson Nekrutman, deu uma nova cara para o Sepultura e por isso precisam aproveitar. Em entrevista com Sarah Oliveira, do Projeto Minha Canção, ele conta:
“Queremos gravar todos nossos shows para lançar um CD ao vivo e talvez lançar umas 3 ou 4 músicas inéditas com o Greyson na bateria. Estamos falando de algumas coisas, algumas inéditas. Temos o grande sonho de escrever uma balada, que nunca conseguimos fazer! No metal tem tantas bandas com essa capacidade. Tentamos algumas vezes, mas nunca foi. Nós iríamos compor, mas estou pensando em alguns parceiros. Meio segredo ainda. Conhecemos muita gente, que vão para a coisa mais simples, só que colocadas no lugar certo. Por que não, né? Esse pequeno EP de estúdio seria para celebrar e curtir as possibilidades. Seria um desperdício não aproveitar isso.”
A turnê de despedida do Sepultura, “Celebrating Life Through Death”, começou em março desse ano e tem término previsto para setembro de 2025.
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