Foto: Reprodução/Youtube
Desde que o Pantera iniciou seus shows de reunião sem os irmãos Abbott, mas com Zakk Wylde (Ozzy e Black Label Society) nas guitarras e Charlie Benante (Anthrax) na bateria, ocorreu um misto de emoções dentro dos corações dos fãs mais fervorosos.
Muitos reclamaram, mas podemos cravar que a imensa maioria gostou de poder ouvir os clássicos da banda ao vivo mais uma vez. Os shows foram um sucesso, as performances bastante dignas e o tom de homenagem não se perdeu mesmo após 2 anos.
Com algumas declarações vindas do baixista e membro remanescente da formação clássica, Rex Brown, somadas à curiosidade dos fãs, logo começaram acontecer questionamentos sobre a possibilidade desta encarnação atual do Pantera, por fim, gravar algum tipo de material. Não passaram de boatos, é verdade, mas vira e mexe, alguém levanta esse questionamento.
Álbum ao vivo ou de inéditas?
Rex parece ser favorável, mas Zakk nas poucas vezes em que foi indagado sobre o tema, disse que não teria problemas a não ser o de usar o nome Pantera, isso o incomodaria caso fosse colocado em pauta internamente na banda. Phil praticamente não se pronunciou e Benante parece estar navegando junto com a tripulação.
Um tema que está cada vez mais forte sobre o Pantera e, sobre isto, a resistência é muito menor, é sobre a possibilidade de um disco ao vivo ser lançado. Em uma nova entrevista concedida ao jornalista Igor Miranda, o guitarrista Zakk Wylde foi questionado sobre a possibilidade deste trabalho ao vivo realmente acontecer. Veja a resposta:
“É, o que quer que os caras queiram fazer, nós fazemos. Vamos ser realistas, temos um álbum ao vivo todas as noites. As pessoas com seus telefones e tudo mais estão gravando de qualquer maneira, então não importa para mim. Você vai lá e toca para valer todas as noites.”
Já sobre novas músicas de estúdio, o guitarrista afirmou que o assunto não foi colocado em pauta. Ele disse:
“Não, nós não sentamos e conversamos sobre isso, não teve algo como, ‘oh, pessoal, vamos nos reunir e escrever músicas’ ou algo assim. Não houve nada parecido. Quer dizer, as únicas discussões que tivemos é sobre quais outras músicas novas queremos colocar no setlist. Como quando colocamos ‘Floods’ e então nos reunimos nos ensaios, nos reunimos na casa do Phil e apenas ensaiamos tudo. Mas não, não teve nada parecido… Nós não ficamos sentados escrevendo riffs e coisas assim.”
Zakk também foi questionado se ele enxerga esta nova encarnação do Pantera como uma espécie de banda tributo. Ele respondeu o seguinte:
“Sim, é isso que eu sinto que é. Não é nem um tributo, é mais uma celebração do Pantera. Como sempre que saímos e fazemos as turnês ‘Experience Hendrix’, que eu sempre me divirto muito quando faço isso, nesse caso somos todos nós saindo e celebrando a grandeza de Jimi Hendrix. Para mim, esta é uma celebração do Pantera. Estamos celebrando todas as montanhas que o Pantera conquistou. Então é isso que é.”
Sobre não tocar as partes de Dimebag exatamente iguais as versões originais dos discos, portanto, nota por nota, Zakk explica:
“Ah, sim, mesmo que Dime estivesse lá em cima tocando o solo de ‘No More Tears’ ou ‘Mama I’m Coming Home’, vai soar como Dime tocando o solo de ‘No More Tears’. Porque ele tem seu toque e seus sentimentos. Como quando Randy Rhoads estava tocando músicas do Black Sabbath, soa como Randy Rhoads tocando músicas do Black Sabbath. Você ouve o álbum ‘Tribute’, de Ozzy Osbourne, quando o santo Rhoads estava tocando ‘Iron Man’ e ele estava tocando ‘Paranoid’ e ‘Children Of The Grave’, soa como Randy tocando músicas do Black Sabbath. É o tom de guitarra de Randy, o toque de Randy e a forma de tocar de Randy. Mas é isso que o torna legal. Sim, para mim, é apenas senso comum. Dime soa como Dime, não importa o que ele esteja tocando.”
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