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Foto do escritorLuan Radney

Bruce Springsteen explica por que não fala sobre política em shows


Foto: Ben Houdijk / Depositphotos


Quem acompanha a carreira de Bruce Springsteen sabe que The Boss não tem qualquer problema em proclamar seus posicionamentos políticos. No entanto, ele prefere deixar esses pontos de vista restritos a momentos e plataformas que sejam apropriadas. Nos shows, a postura é diferente.


Em recente entrevista ao especial “Bruce Springsteen: Backstage and Backstreets”, da ABC News, o músico explicou o que o levou a tomar essa decisão. E deixou claro que o objetivo em suas apresentações é unir a plateia, independente do que cada um acredite fora dali.

Disse o artista, conforme repercussão do Consequence:


“As pessoas sabem no que acredito a maioria das vezes, mas eu também queria um espaço onde sentissem que poderiam vir e estar com seus vizinhos, independentemente de qual fosse seu ponto de vista político específico em um dado momento.”


Springsteen ainda confessou ter fé de que suas preferências não façam com que fãs da música deixem de o apreciar.


“Acredito na inteligência dos fãs. Acredito que podemos ter pontos de vista diferentes e ainda assim nos unir e compartilhar certos valores e ideias fundamentais sobre o país.”


Bruce revelou que parte dessa perspectiva remonta ao seu hit de 1984, Born in the U.S.A., sendo exaltado como patriota pelo presidente Ronald Reagan, apesar de ser uma música de protesto sobre veteranos maltratados do Vietnã.


“Acho que para entender a letra dela você tem que ser capaz de manter duas ideias um tanto conflitantes em sua mente ao mesmo tempo. Você pode celebrar algo e também criticar. Na verdade, pode ser assim que você mostra seu amor por isso.”


Bruce Springsteen e o apoio a Kamala Harris


Em vídeo nas redes sociais publicado no início de outubro, Bruce Springsteen confirmou apoio à candidatura do Partido Democrata à Casa Branca, representada por Kamala Harris e Tim Walz.


Em sua fala, o músico se referiu a Donald Trump como “o candidato à presidência mais perigoso que já vi na minha vida”. Também defendeu que Harris está “comprometida com uma visão deste país que respeita e inclui a todos, independente de classe, religião, raça, seu ponto de vista político ou identidade sexual”.


The Boss ainda ressaltou, conforme transcrição da Rolling Stone:


“Eles querem fazer nossa economia crescer de uma forma que beneficie a todos, não apenas alguns como eu no topo. Essa é a visão da América sobre a qual tenho escrito consistentemente há 55 anos.”


A seguir, dirigiu palavras fortes contra o magnata e candidato do Partido Republicano.


“O desdém de Trump pela santidade da nossa constituição, a santidade da democracia, a santidade do estado de direito e a santidade da transferência pacífica de poder deve desqualificá-lo do cargo de presidente novamente. Ele não entende o significado deste país, sua história ou o que significa ser profundamente americano.”


Springsteen chamou a eleição de 2024 de “uma das com maiores consequências” na história dos EUA. Argumentou que desde a Guerra Civil o país nunca esteve tão “politicamente, espiritualmente e emocionalmente dividido”.


“Não precisa ser assim. Os valores comuns, as histórias compartilhadas que nos tornam uma nação grande e unida, nossa espera para ser redescoberta e recontada mais uma vez. Agora, isso levará tempo. Trabalho duro, inteligência, fé e mulheres e homens com o bem nacional guiando seus corações. A América é a nação mais poderosa da Terra, não apenas por causa de nossa força militar esmagadora ou poder econômico — mas por causa do que ela representa, o que ela significa, no que ela acredita. Liberdade, justiça social, igualdade de oportunidades, o direito de estar apaixonado por quem você quiser.”




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